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A história
Não há como falar da TOYOTA sem mencionar os feitos da família Toyoda. No final do século XIX, quando o Japão dava início ao seu processo de modernização, o senhor Sakichi Toyoda, filho de um humilde carpinteiro, procurava maneiras de melhorar o tear manual. Ele vivia em um pequeno povoado no qual as mulheres trabalhavam com esse objeto e procurou usar de sua habilidade com carpintaria para facilitar o trabalho da mãe. Em 1907, ele funda a empresa Toyoda Loom Works com um capital de 1 milhão de ienes. Foi depois de muito trabalho e de ter criado o tear elétrico que, em 1924, ele criou o primeiro tear automático com a ajuda do seu filho Kiichiro, revolucionando a indústria têxtil do país com sua visão inovadora. Os teares Toyoda ganharam mercado por apresentarem preços menores e assim começaram a ser exportados.
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Sakichi e suas empresas sofreram com as crises econômicas vividas pelo Japão devido às guerras pelas quais o país passou. Mas o espírito empreendedor e criativo que Kiichiro herdou do pai não permitiu que o sucesso da família parasse. Ele viajou aos Estados Unidos e à Europa, na década de 20, em busca de novidades. Nessas viagens, ele pôde entrar em contato com a indústria automotiva. Por se tratar ainda de algo bastante novo no mercado, esse setor atraiu o senso inovador de Kiichiro. Depois de um ano da morte de seu pai, em 1930, ele começou a trabalhar no desenvolvimento de motores de combustão movidos à gasolina. Em 1933, funda a Divisão Automobilística da Toyota Automatic Loom Works para cuidar da produção de veículos. Nesta época, o nome original da família Toyoda, foi mudado por questões de facilidade na pronuncia passando a se chamar TOYOTA.
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- Finalmente, em 1935, ele conseguiu produzir o primeiro protótipo de um caminhão e de um automóvel de passageiros (o modelo A1) com a renda conseguida na venda da patente do tear automático que seu pai havia inventado para uma empresa britânica e fundou, no dia 28 de agosto de 1937, a TOYOTA MOTOR CORPORATION, considerada a primeira montadora japonesa. Já no ano seguinte, a montadora começou a implantar o sistema “just-in-time” em sua produção. Defendia-se que deveria ser produzido apenas aquilo que era estritamente necessário e que era preciso observar o momento adequado e as quantidades certas. Essa filosofia de se buscar fazer mais com menos gerou o conhecido Sistema de Produção Toyota, que é estudado e admirado atualmente por sua constante preocupação em aperfeiçoar-se e pela valorização do comprometimento dos seus empregados. -
- Com uma década de vida, em 1947, a TOYOTA já contabilizava 100.000 veículos produzidos, número bastante relevante para uma época em que a indústria automotiva ainda dispunha de uma tecnologia muito débil se comparada com a atual. Além disso, o valor desse número fica ainda mais evidente quando se pensa nos prejuízos econômicos que a Segunda Guerra trouxe para a empresa. Foi, sem dúvida, uma importante marca. Os negócios da empresa começaram a se expandir para outros países, e a exportação de automóveis ganhou importância cada vez maior.
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- Em 1950, a empresa detinha 40% do mercado de vendas de automóveis do Japão, sendo a maior fabricante de veículos do país. Pouco tempo depois, em 1957, exportou o primeiro carro japonês (o jipe Land Cruiser) para os Estados Unidos. Mas ainda isso não era nada em relação ao que estava por vir. A TOYOTA conheceu um êxito ainda maior quando decidiu inserir-se no mercado internacional. Foi em 1958 quando fundou a sua primeira fábrica longe de terras nipônicas, aumentando seu reconhecimento e seu crescimento. O destino: Brasil. -
- Em 1964, além de uma forte campanha para divulgação da marca em solo norte-americano, a TOYOTA introduziu a primeira picape da montadora com o lançamento da Stout 4x2. Nesse ano foram exportados 2.029 veículos para o mercado americano, porém com a forte campanha, o número passou para 38.073 unidades em 1967, dobrando no ano seguinte com a introdução do modelo Corolla. Nos anos seguintes a montadora japonesa introduziu no mercado modelos que se tornariam líderes em vendas como a pick-up Hilux, o luxuoso sedã Camry, o utilitário esportivo RAV4 e o compacto híbrido Prius. Além disso, em 2002 a montadora criou a Scion, uma marca voltada para o mercado americano com o objetivo de desenvolver modelos especificamente voltados para o público jovem, onde a TOYOTA poderia inovar, testar coisas novas e criar novos designs de automóveis. -
- A eficiência e sua obsessão em tornar-se a maior montadora do mundo já podia ser vista em 2005, quandos, segundo uma matéria na Newsweek International, a TOYOTA obteve lucros recordes de US$ 11 bilhões, que ultrapassaram os ganhos da GM, Ford e DaimlerChrysler, juntas. Finalmente, em 2007, a TOYOTA tornou-se a maior empresa automobilística do mundo, o que era previsto somente para o ano seguinte, desbancando a gigante americana General Motors. Mas a grave crise financeira que assolou o mundo em 2008, colocou em xeque a eficiência da TOYOTA: um prejuízo líquido de US$ 4.4 bilhões. Esta foi a primeira vez que a TOYOTA encerrou um exercício fiscal com resultado operacional no vermelho desde que começou a publicar seus resultados, em 1941. No início de 2009, Akio Toyoda, neto do fundador da empresa, e um executivo com ampla experiência internacional, foi escolhido para o cargo de presidente com a missão de conduzir a montadora em meio à crise econômica e à queda global nas vendas. Mas o período negro não parou por aí: recentemente um recall de mais de 10 milhões de veículos colocou em cheque a sempre inabalável qualidade da montadora japonesa, e custou bilhões de dólares. Mesmo assim, sua imagem parece não ter sido tão abalada e os resultados financeiros positivos provam que a TOYOTA é uma empresa diferenciada no seter automobolístico. -
- A linha do tempo 1950
● Desenvolvimento do jipe LAND CRUISER, que estreou internacionalmente somente em 1953. 1966 ● Lançamento do TOYOTA COROLLA, um dos maiores sucessos de venda da história da indústria automobilística. Atualmente o modelo está em sua 10ª geração e já vendeu mais de 33 milhões de unidades desde seu lançamento.
1967
● Lançamento do TOYOTA CELICA, um carro esportivo, equipado com um motor 1.6 litros, disponível nas versões ST e Sport-Coupe.
1968
● Lançamento da TOYOTA HILUX, uma caminhonete 4x2 que podia ser utilizada para lazer ou trabalho, estando apta para enfrentar as condições de terreno mais adversas. O modelo já vendeu mais de 12 milhões de unidades desde seu lançamento. 1982 ● Lançamento do TOYOTA CELICA TURBO no Japão.
1983
● Lançamento do TOYOTA CAMRY, um sedan luxuoso de médio porte com motor 2.0 de quatro cilindros que veio substituir o TOYOTA CORONA. O modelo, que passou a ser produzido nos Estados Unidos em 1988, é o carro mais vendido do mercado americano em sua categoria.
1984
● Lançamento do TOYOTA 4RUNNER, um utilitário esportivo de médio-grande porte. 1989 ● Lançamento da LEXUS, marca de automóveis de luxo da montadora japonesa. 1990 ● Lançamento da TOYOTA ESTIMA, uma van de porte grande. 1994 ● Lançamento do TOYOTA RAV4, um utilitário esportivo compacto. A sigla do modelo por si só demonstrava as pretensões da montadora japonesa: Recreational Active Vehicle (algo como veículo de recreação ativa).
1995
● Lançamento da TOYOTA TACOMA, uma caminhonete compacta.
● Lançamento do TOYOTA AVALON, um sedan de grande porte com motor V6 de 3.0 litros.
1997
● Lançamento, no mercado japonês, do TOYOTA PRIUS, um carro compacto híbrido movido a gasolina e eletricidade. O modelo seria lançado no mercado americano somente em 2000. O TOYOTA PRIUS ultrapassou em 2008 a marca de 1 milhão de unidades vendidas desde seu lançamento. Em 2009 foi o carro mais vendido do Japão, confirmando ser o modelo mais importante da TOYOTA, uma vez que montadoras ao redor do mundo preparam uma nova geração de veículos de baixa emissão de poluentes.
1998
● Lançamento do TOYOTA AVENSIS, um sedan de porte médio especialmente desenvolvido para o mercado europeu. O modelo, que atualmente é produzido na Inglaterra e oferece além da versão sedan, a perua, está na sua terceira geração.
● Lançamento da TOYOTA SIENNA, uma minivan de porte médio que compartilha motor e plataforma com o TOYOTA Camry. 1999 ● Lançamento do TOYOTA YARIS, um carro compacto e primeiro modelo desenhado pela divisão européia da montadora (no Design Center, agora chamado de ED2 situado em Nice, França).
2000
● Lançamento da TOYOTA TUNDRA, uma picape de porte grande e um dos grandes sucessos da montadora no mercado americano.
● Lançamento da TOYOTA SEQUOIA, um utilitário esportivo de grande porte. 2001 ● Lançamento da TOYOTA HIGHLANDER, um utilitário de porte grande.
● Lançamento do TOYOTA NOAH, uma van de grande porte com capacidade para oito passageiros comercilizada somente na Ásia. 2003 ● Lançamento do TOYOTA WISH, uma mini-van compacta. 2005 ● Lançamento do TOYOTA AYGO, nome que surgiu da conjugação verbal em inglês I go (eu vou), é um automóvel hatch de pequeno porte para quatro passageiros desenvolvido especialmente para o mercado europeu em parceria com a PSA Peugeot Citroën.
● Lançamento do TOYOTA FIELDER, versão perua do modelo Corolla. 2006 ● Lançamento do TOYOTA FJ CRUISER, um jipe com estilo retrô baseado no designer do famosos Land Cruiser da década de 60. 2008 ● Lançamento do TOYOTA VENZA, um crossover de porte médio. o novo modelo esbanja agressividade e lembra o Camry, com a grade cromada do radiador aliada aos faróis que acompanham o desenho dos pára-lamas. Quando visto de perfil, o novo carro passa uma ligeira idéia de sedã, devido ao desenho da área envidraçada. No interior, muito luxo. -
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O modelo TOYOTA O famoso e eficiente sistema de produção da TOYOTA, surgiu em quando a empresa passava por sua pior crise, após o final da Segunda Guerra. À beira da falência, o então presidente da empresa, Eiji Toyoda (primo do fundador, Kichiro Toyoda), pediu a seu principal executivo, o engenheiro Taiichi Ohno, que reinventasse o processo produtivo da montadora. Os tempos de aperto não permitiam mais o desperdício e os estoques altos, comuns às indústrias da época. Para encontrar a resposta ao problema, ele não recorreu a consultorias, foi para dentro da fábrica e passou um pente-fino em cada etapa do processo de fabricação de automóveis. Nascia ali o que veio a ser chamado de sistema Toyota de produção. O padrão TOYOTA, que se opõe radicalmente ao sistema de produção convencional inventado pelas gigantes do setor automotivo americano, ganhou até definição acadêmica: TOYOTISMO.
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- Na prática, a metodologia permitiu que a TOYOTA fizesse e desenvolvesse carros pela metade do tempo, metade do custo, em metade do espaço. E, obviamente, sem comprometer a qualidade. Ao contrário. Na TOYOTA, a qualidade não é medida por amostragem de produtos acabados, mas feita peça por peça, processo por processo. Não por acaso, a empresa ousou lançar no mercado veículos com três anos de garantia. O que a TOYOTA faz na fábrica é se restringir às necessidades do mercado. Ela atende aos apelos dos seus clientes proporcionando conforto e tecnologia na medida certa, mas eliminando desperdícios, inclusive descartando valores agregados ao produto que o cliente nem está disposto a pagar. O Corolla, por exemplo, é oferecido ao mercado em apenas cinco cores. Os concorrentes têm mais de dez. Uma pesquisa mostrou que 70% dos consumidores preferem este tipo de veículo nos tons prata e preto. Com isso, a montadora fez uma economia brutal.
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Outro segredo da excelência produtiva é a relação com os fornecedores. Se ela identifica um preço elevado praticado por um bom fornecedor, prefere ajudá-lo operacionalmente para que ele chegue ao valor justo para as duas partes. Parceiro bom, na filosofia TOYOTA, é garantia de qualidade. Em questão de pontualidade na entrega de encomendas, por exemplo, exige 100% de performance. Mas os fornecedores não reclamam. Outro ponto importante do sistema é: os trabalhadores multifuncionais, ou seja, desenvolvem mais do que uma única tarefa e operam mais que uma única máquina. A base de sustentação do SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO é a absoluta eliminação do desperdício e os três pilares necessários à sustentação é o Just-in-time (Produção Linear), Kaizen (Melhora Contínua) e a Jidoka (Autonomação). Os 7 desperdícios que o sistema visa eliminar: - ● Superprodução, a maior fonte de desperdício.
● Tempo de espera, refere-se a materiais que aguardam em filas para serem processados.
● Transporte, nunca geram valor agregado no produto.
● Processamento, algumas operações de um processo poderiam nem existir.
● Estoque, sua redução ocorrerá através de sua causa raiz.
● Movimentação
● Defeitos, fabricar produtos defeituosos significa desperdiçar materiais, mão-de-obra, movimentação de materiais defeituosos e outros - Durante cinco décadas, a TOYOTA dedicou-se a aperfeiçoar seu método de trabalho, tornando a produção cada vez mais enxuta e eficiente. Aos poucos, virou referência não apenas para outras montadoras, as fábricas da GM, da Ford ou da Volkswagen, por exemplo, são praticamente idênticas às da japonesa , mas também para empresas de outros setores, casos de Alcoa e Bosch, duas de suas seguidoras. É justamente essa paciência e atenção aos detalhes que as rivais, por mais que tentem, não conseguem replicar.
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Por dentro da gigante A TOYOTA é um verdadeiro tédio. Na montadora asiática não há “executivos celebridade”, seu presidente, o japonês Aiko Toyoda, é um sujeito discreto, pouco afeito a entrevistas, festas ou frases bombásticas. As maiores inovações da empresa levam anos até sair das pranchetas e ganhar as ruas, o híbrido Prius, por exemplo, seu modelo mais revolucionário, demorou quase 50 meses para ser idealizado e atingir o nível de desempenho exigido pelos engenheiros da montadora. Na matriz, os funcionários têm emprego vitalício, uma instituição decrépita até mesmo na conservadora sociedade japonesa; e a alta cúpula trabalha com um conceito muito particular do que seja meritocracia: para galgar posições na hierarquia, é preciso ter não apenas talento mas também idade (mais de 50 anos, no caso dos vice-presidentes, e perto de 60 para assumir a presidência). Nenhum julgamento é feito da noite para o dia ou baseado no argumento de “aproveitar oportunidades de mercado”, na TOYOTA, a tomada de decisão é um processo consensual. Tudo é lento, planejado, modorrento. Mas tudo é também praticamente perfeito.
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- A fórmula, apoiada em discrição, busca pela qualidade, longo relacionamento com empregados e fornecedores e crescimento meticulosamente calculado levou a TOYOTA à inédita liderança do mercado mundial de automóveis no fim de abril de 2007, ultrapassando a americana General Motors, que há 73 anos ocupava o posto. Trata-se de um daqueles momentos históricos em que um sistema mais forte e competitivo finalmente deixa para trás outro envelhecido. Passo após passo, a montadora conseguiu se reinventar nas últimas décadas. A GM, um dos símbolos máximos do capitalismo americano, perdeu-se em sua teia de ineficiência e agora tenta desvencilhar-se dela. Esse fato é mais importante que os números em si. E os japoneses parecem saber disso. No primeiro trimestre de 2007, a TOYOTA produziu 2,35 milhões de veículos em todo o mundo -- ante 2,26 milhões fabricados pela GM no mesmo período. O recorde, porém, não mereceu grandes comemorações na matriz. Ao contrário. Seus executivos tentaram a todo custo minimizar o feito. “Nossa maior luta é para ser a número 1 em termos de qualidade, não em quantidade”, afirmou o presidente da empresa, Katsuaki Watanabe, poucos dias depois de a TOYOTA assumir a liderança do mercado mundial de automóveis. O ano de 2007 fechou com um recorde: 8.91 milhões de veículos produzidos. Há anos a montadora japonesa vem mostrando que é mais eficiente que suas concorrentes americanas. Com praticamente o mesmo número de funcionários da GM, a TOYOTA ganha mais dinheiro e tem um valor de mercado muito superior.
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- Para entender como a montadora japonesa se tornou uma máquina de crescimento, capaz de gerar lucros contínuos (isto até 2007), é preciso visitar sua sede, em Toyota City, uma cidadezinha próxima a Nagoya, no interior do Japão. Em frente ao imponente edifício, inaugurado há pouco mais de um ano, uma enorme cerejeira florida, a árvore símbolo do Japão, chama a atenção dos visitantes. Dentro do prédio, recepcionistas miúdas e risonhas encarregam-se de dar as boas-vindas a quem chega. Ao lado do edifício principal fica o centro de inovação da montadora, área em que a circulação de visitantes é, obviamente, restrita. Olhada por dentro, fica claro que nada é mais forte na TOYOTA do que sua cultura. Tudo mais, como a produção enxuta, a logística superafiada, os carros que fazem sucesso com o consumidor, são apenas reflexo do jeito TOYOTA de pensar e agir. Qualquer um dos 320.000 funcionários da montadora sabe exatamente quais os princípios e os valores da empresa. Como seguidores de uma doutrina, eles parecem acreditar em cada palavra que dizem. Da lista de “preceitos” da montadora constam recomendações como “Seja gentil e generoso, lute para criar uma atmosfera calorosa e caseira”. Enquanto em boa parte das empresas o principal motor do crescimento é o reconhecimento do sucesso individual, que se manifesta no pagamento de bônus atrelados ao cumprimento de metas, em programas de opções de ações e na ascensão meteórica na carreira, na TOYOTA o que move os funcionários é a certeza de que é possível fazer mais e melhor a cada dia, o chamado kaizen. Todos os empregados devem ser eternos insatisfeitos, buscando obsessivamente a qualidade, uma lógica que se aplica do operário ao presidente e que privilegia o trabalho em grupo.
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- Para que todos saibam exatamente qual é seu papel na engrenagem, os recém-contratados passam por um treinamento de cinco meses antes de assumir seu posto: 30 dias dedicados à cultura TOYOTA, dois meses numa fábrica, para ver de perto como os carros são produzidos, e o restante dentro de uma concessionária, porque é preciso saber o que quer o consumidor. A sensação de que todos estão remando juntos por um objetivo comum é reforçada pela política salarial. Na matriz, o salário do presidente não é nem dez vezes superior ao de um funcionário do chão de fábrica. Só para efeito de comparação, é comum em empresas americanas que o presidente ganhe mais de cem vezes o salário de um operário. O conservadorismo manifesta-se também na seleção dos principais executivos, quase todos recrutados logo depois do término da faculdade e treinados pela própria empresa. Com 51 fábricas espalhadas por 27 países, a TOYOTA hoje produz quase metade de seus veículos fora do Japão. Mesmo assim, na alta administração, que conta com cerca de 30 executivos, há apenas um estrangeiro, o americano Jim Press, responsável pela operação nos Estados Unidos (a maior fora da matriz). Mulheres são minoria. Somente 10% da força de trabalho da empresa no Japão é feminina. Há apenas uma mulher em um cargo de liderança -- Mayasyo Hasegawa, chefe do departamento de responsabilidade social. -
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A ascensão da TOYOTA ao topo da indústria deveu-se, em parte, à crise aguda pela qual passam as montadoras americanas. Atoladas em dívidas, GM e Ford chegaram perto da insolvência e hoje tentam desesperadamente reverter a situação. Com a liderança do mercado, a TOYOTA agora passa também a ser mais visada. O principal temor é que os consumidores tenham uma reação ANTI-TOYOTA, sobretudo nos Estados Unidos, onde os problemas das montadoras locais ganham ampla repercussão na mídia e, em alguns estados, servem de combustível a campanhas nacionalistas. Para não ser vista como “a forasteira que devastou Detroit”, a montadora japonesa tem feito uma ampla campanha de relações públicas. Segundo reportagem publicada recentemente pela revista americana Business Week, desde 2002 a empresa investiu mais de US$ 5 milhões por ano em campanhas para reforçar sua imagem perante consumidores, políticos e formadores de opinião. Paralelamente, tem contratado fornecedores americanos e instalado fábricas em estados mais conservadores, como o Texas, de onde saem suas picapes Tundra. O outro desafio é continuar desenvolvendo carros que caiam no gosto dos consumidores. Para alcançar a meta, a montadora alicerça seu processo de inovação em um longo planejamento em seus 11 centro de Pesquisa & Design e num investimento mais que generoso, em 2009 foram 3.8% do faturamento total aplicados em pesquisa e desenvolvimento. -
- O museu O TOYOTA AUTOMOBILE MUSEUM (Museu do Automóvel Toyota) foi inaugurado em abril de 1989 para contar a rica história da montadora japonesa, mostrando sua inovações e modelos ao longo dos anos. O museu está localizado em uma área de 46.700 metros quadrados na cidade de Nagakute, na província de Aichi e conta com um acervo de aproximadamente 120 veículos. Para os nostálgicos, a TOYOTA expõe os automóveis mais importantes da sua história, como por exemplo o primeiro Corolla fabricado em 1966 com motor de mil cilindradas. Há também outros carros de passeio como o Crown 1955, o Corona 1973, o Camry 1982, o ESV 1970, o Celsior 1989, o Progres 1998 e o recente veículo híbrido e campeão de vendas, Prius. Entre os principais veículos comerciais expostos estão: Truck G1 1935, SKB 1954 e a réplica em madeira do BX Truck. Além da evolução dos modelos, é possível observar a interessante evolução dos acessórios e equipamentos dos veículos como por exemplo, retrovisores, cintos de segurança, airbags, sistemas elétricos e até rádios toca-fita.
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- A visita ao museu não poderia acabar de forma diferente: no futuro. Há um vídeo onde a TOYOTA conta o que pretende para o futuro e para ilustrar isso há também em exposição alguns dos veículos conceitos de mobilidade pessoal. Apesar do nome, o museu conta também com veículos de inúmeras montadoras de todo o mundo. Isso permite que o visitante conheça não só a história da TOYOTA, mas também a história dos veículos automotores. -
-- O emblema Em 2 de outubro de 1990 a empresa apresentou ao mundo o novo símbolo da marca TOYOTA. Este emblema simboliza as características avançadas e a confiabilidade do produto e, hoje em dia, é utilizado em todos os novos modelos da montadora. O desenho consiste em 3 elipses entrelaçadas. Em termos geométricos, uma elipse possui dois pontos centrais: um deles representa o coração dos clientes e o outro o coração do produto. A elipse maior unifica os dois corações. A combinação das elipses vertical e horizontal simboliza o “T” de TOYOTA. O espaço do fundo representa o contínuo avanço do desenvolvimento tecnológico da TOYOTA e as ilimitadas oportunidades à nossa frente.
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- A comunicação A TOYOTA também investe em eventos para divulgar ainda mais a sua marca. O mais importante deles era sua participação nas competições automotivas de Fórmula 1. Desde 2002, a equipe Panasonic Toyota Racing vinha conquistando respeito nesse esporte, o que comprovava a sua fase de crescimento. Mas a crise global de 2008 caiu como uma bomba devastadora na empresa e a TOYOTA se viu obrigada a sair da principal competição automobilística do mundo em 2009.
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- Os slogans Moving forward. (2007)
Today. Tomorrow. Toyota. (2006)
Get the feeling. (2004)
What moves you? (2003)
For everyday people. (1998)
Live a little. Everyday. (1999)
The car in front is a Toyota. (1999)
People drive us. (1997)
The most reliable car in the world. (1994)
I love what you do for me, Toyota! (1990)
Who could ask for anything more. (1986)
Think it over. (1980)
Oh, what a feeling! (1978)
Ampliando horizontes. (Brasil, 2008) -
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Dados corporativos ● Origem: Japão
● Fundação: 28 de agosto de 1937
● Fundador: Kichiro Toyoda ● Sede mundial: Toyota City (Aichi), Japão
● Proprietário da marca: Toyota Motor Corporation
● Capital aberto: Sim ● Chairman Honorário: Shoichiro Toyoda ● Chairman: Fujio Cho
● Presidente: Akio Toyoda ● Faturamento: US$ 203.6 bilhões (2009)
● Lucro: US$ 2.25 bilhões (2009)
● Valor de mercado: US$ 123.7 bilhões (setembro/2010)
● Valor da marca: US$ 26.192 bilhões (2010)
● Fábricas: 51 ● Subsidiárias: 522 ● Produção anual: 7.234.439 (2009)
● Presença global: + 170 países ● Presença no Brasil: Sim (4 fábricas)
● Funcionários: 320.500
● Segmento: Automotivo ● Principais produtos: Automóveis, caminhões e ônibus ● Outras marcas: Lexus, Scion, Daihatsu e Hino (caminhões)
● Slogan: Moving Forward. ● Website: www.toyota.co.jp - O valor Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca TOYOTA está avaliada em US$ 26.192 bilhões, ocupando a posição de número 11 no ranking das marcas mais valiosas do mundo. É a marca de automóvel mais valiosa. Além disso, a TOYOTA é a 5ª maior empresa do mundo de acordo com a Fortune 500 de 2010.
- - - - Você sabia?
● A empresa japonesa é proprietária ainda de 51% da Daihatsu; 16.7% da Fuji Heavy Industries, fabricante dos veículos Subaru; 5.9% da Isuzu Motors.
- - As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, Exame, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). -
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● Desenvolvimento do jipe LAND CRUISER, que estreou internacionalmente somente em 1953. 1966 ● Lançamento do TOYOTA COROLLA, um dos maiores sucessos de venda da história da indústria automobilística. Atualmente o modelo está em sua 10ª geração e já vendeu mais de 33 milhões de unidades desde seu lançamento.
1967
● Lançamento do TOYOTA CELICA, um carro esportivo, equipado com um motor 1.6 litros, disponível nas versões ST e Sport-Coupe.
1968
● Lançamento da TOYOTA HILUX, uma caminhonete 4x2 que podia ser utilizada para lazer ou trabalho, estando apta para enfrentar as condições de terreno mais adversas. O modelo já vendeu mais de 12 milhões de unidades desde seu lançamento. 1982 ● Lançamento do TOYOTA CELICA TURBO no Japão.
1983
● Lançamento do TOYOTA CAMRY, um sedan luxuoso de médio porte com motor 2.0 de quatro cilindros que veio substituir o TOYOTA CORONA. O modelo, que passou a ser produzido nos Estados Unidos em 1988, é o carro mais vendido do mercado americano em sua categoria.
1984
● Lançamento do TOYOTA 4RUNNER, um utilitário esportivo de médio-grande porte. 1989 ● Lançamento da LEXUS, marca de automóveis de luxo da montadora japonesa. 1990 ● Lançamento da TOYOTA ESTIMA, uma van de porte grande. 1994 ● Lançamento do TOYOTA RAV4, um utilitário esportivo compacto. A sigla do modelo por si só demonstrava as pretensões da montadora japonesa: Recreational Active Vehicle (algo como veículo de recreação ativa).
1995
● Lançamento da TOYOTA TACOMA, uma caminhonete compacta.
● Lançamento do TOYOTA AVALON, um sedan de grande porte com motor V6 de 3.0 litros.
1997
● Lançamento, no mercado japonês, do TOYOTA PRIUS, um carro compacto híbrido movido a gasolina e eletricidade. O modelo seria lançado no mercado americano somente em 2000. O TOYOTA PRIUS ultrapassou em 2008 a marca de 1 milhão de unidades vendidas desde seu lançamento. Em 2009 foi o carro mais vendido do Japão, confirmando ser o modelo mais importante da TOYOTA, uma vez que montadoras ao redor do mundo preparam uma nova geração de veículos de baixa emissão de poluentes.
1998
● Lançamento do TOYOTA AVENSIS, um sedan de porte médio especialmente desenvolvido para o mercado europeu. O modelo, que atualmente é produzido na Inglaterra e oferece além da versão sedan, a perua, está na sua terceira geração.
● Lançamento da TOYOTA SIENNA, uma minivan de porte médio que compartilha motor e plataforma com o TOYOTA Camry. 1999 ● Lançamento do TOYOTA YARIS, um carro compacto e primeiro modelo desenhado pela divisão européia da montadora (no Design Center, agora chamado de ED2 situado em Nice, França).
2000
● Lançamento da TOYOTA TUNDRA, uma picape de porte grande e um dos grandes sucessos da montadora no mercado americano.
● Lançamento da TOYOTA SEQUOIA, um utilitário esportivo de grande porte. 2001 ● Lançamento da TOYOTA HIGHLANDER, um utilitário de porte grande.
● Lançamento do TOYOTA NOAH, uma van de grande porte com capacidade para oito passageiros comercilizada somente na Ásia. 2003 ● Lançamento do TOYOTA WISH, uma mini-van compacta. 2005 ● Lançamento do TOYOTA AYGO, nome que surgiu da conjugação verbal em inglês I go (eu vou), é um automóvel hatch de pequeno porte para quatro passageiros desenvolvido especialmente para o mercado europeu em parceria com a PSA Peugeot Citroën.
● Lançamento do TOYOTA FIELDER, versão perua do modelo Corolla. 2006 ● Lançamento do TOYOTA FJ CRUISER, um jipe com estilo retrô baseado no designer do famosos Land Cruiser da década de 60. 2008 ● Lançamento do TOYOTA VENZA, um crossover de porte médio. o novo modelo esbanja agressividade e lembra o Camry, com a grade cromada do radiador aliada aos faróis que acompanham o desenho dos pára-lamas. Quando visto de perfil, o novo carro passa uma ligeira idéia de sedã, devido ao desenho da área envidraçada. No interior, muito luxo. -

O modelo TOYOTA O famoso e eficiente sistema de produção da TOYOTA, surgiu em quando a empresa passava por sua pior crise, após o final da Segunda Guerra. À beira da falência, o então presidente da empresa, Eiji Toyoda (primo do fundador, Kichiro Toyoda), pediu a seu principal executivo, o engenheiro Taiichi Ohno, que reinventasse o processo produtivo da montadora. Os tempos de aperto não permitiam mais o desperdício e os estoques altos, comuns às indústrias da época. Para encontrar a resposta ao problema, ele não recorreu a consultorias, foi para dentro da fábrica e passou um pente-fino em cada etapa do processo de fabricação de automóveis. Nascia ali o que veio a ser chamado de sistema Toyota de produção. O padrão TOYOTA, que se opõe radicalmente ao sistema de produção convencional inventado pelas gigantes do setor automotivo americano, ganhou até definição acadêmica: TOYOTISMO.
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Outro segredo da excelência produtiva é a relação com os fornecedores. Se ela identifica um preço elevado praticado por um bom fornecedor, prefere ajudá-lo operacionalmente para que ele chegue ao valor justo para as duas partes. Parceiro bom, na filosofia TOYOTA, é garantia de qualidade. Em questão de pontualidade na entrega de encomendas, por exemplo, exige 100% de performance. Mas os fornecedores não reclamam. Outro ponto importante do sistema é: os trabalhadores multifuncionais, ou seja, desenvolvem mais do que uma única tarefa e operam mais que uma única máquina. A base de sustentação do SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO é a absoluta eliminação do desperdício e os três pilares necessários à sustentação é o Just-in-time (Produção Linear), Kaizen (Melhora Contínua) e a Jidoka (Autonomação). Os 7 desperdícios que o sistema visa eliminar: - ● Superprodução, a maior fonte de desperdício.
● Tempo de espera, refere-se a materiais que aguardam em filas para serem processados.
● Transporte, nunca geram valor agregado no produto.
● Processamento, algumas operações de um processo poderiam nem existir.
● Estoque, sua redução ocorrerá através de sua causa raiz.
● Movimentação
● Defeitos, fabricar produtos defeituosos significa desperdiçar materiais, mão-de-obra, movimentação de materiais defeituosos e outros - Durante cinco décadas, a TOYOTA dedicou-se a aperfeiçoar seu método de trabalho, tornando a produção cada vez mais enxuta e eficiente. Aos poucos, virou referência não apenas para outras montadoras, as fábricas da GM, da Ford ou da Volkswagen, por exemplo, são praticamente idênticas às da japonesa , mas também para empresas de outros setores, casos de Alcoa e Bosch, duas de suas seguidoras. É justamente essa paciência e atenção aos detalhes que as rivais, por mais que tentem, não conseguem replicar.
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Por dentro da gigante A TOYOTA é um verdadeiro tédio. Na montadora asiática não há “executivos celebridade”, seu presidente, o japonês Aiko Toyoda, é um sujeito discreto, pouco afeito a entrevistas, festas ou frases bombásticas. As maiores inovações da empresa levam anos até sair das pranchetas e ganhar as ruas, o híbrido Prius, por exemplo, seu modelo mais revolucionário, demorou quase 50 meses para ser idealizado e atingir o nível de desempenho exigido pelos engenheiros da montadora. Na matriz, os funcionários têm emprego vitalício, uma instituição decrépita até mesmo na conservadora sociedade japonesa; e a alta cúpula trabalha com um conceito muito particular do que seja meritocracia: para galgar posições na hierarquia, é preciso ter não apenas talento mas também idade (mais de 50 anos, no caso dos vice-presidentes, e perto de 60 para assumir a presidência). Nenhum julgamento é feito da noite para o dia ou baseado no argumento de “aproveitar oportunidades de mercado”, na TOYOTA, a tomada de decisão é um processo consensual. Tudo é lento, planejado, modorrento. Mas tudo é também praticamente perfeito.
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- A fórmula, apoiada em discrição, busca pela qualidade, longo relacionamento com empregados e fornecedores e crescimento meticulosamente calculado levou a TOYOTA à inédita liderança do mercado mundial de automóveis no fim de abril de 2007, ultrapassando a americana General Motors, que há 73 anos ocupava o posto. Trata-se de um daqueles momentos históricos em que um sistema mais forte e competitivo finalmente deixa para trás outro envelhecido. Passo após passo, a montadora conseguiu se reinventar nas últimas décadas. A GM, um dos símbolos máximos do capitalismo americano, perdeu-se em sua teia de ineficiência e agora tenta desvencilhar-se dela. Esse fato é mais importante que os números em si. E os japoneses parecem saber disso. No primeiro trimestre de 2007, a TOYOTA produziu 2,35 milhões de veículos em todo o mundo -- ante 2,26 milhões fabricados pela GM no mesmo período. O recorde, porém, não mereceu grandes comemorações na matriz. Ao contrário. Seus executivos tentaram a todo custo minimizar o feito. “Nossa maior luta é para ser a número 1 em termos de qualidade, não em quantidade”, afirmou o presidente da empresa, Katsuaki Watanabe, poucos dias depois de a TOYOTA assumir a liderança do mercado mundial de automóveis. O ano de 2007 fechou com um recorde: 8.91 milhões de veículos produzidos. Há anos a montadora japonesa vem mostrando que é mais eficiente que suas concorrentes americanas. Com praticamente o mesmo número de funcionários da GM, a TOYOTA ganha mais dinheiro e tem um valor de mercado muito superior.
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- Para entender como a montadora japonesa se tornou uma máquina de crescimento, capaz de gerar lucros contínuos (isto até 2007), é preciso visitar sua sede, em Toyota City, uma cidadezinha próxima a Nagoya, no interior do Japão. Em frente ao imponente edifício, inaugurado há pouco mais de um ano, uma enorme cerejeira florida, a árvore símbolo do Japão, chama a atenção dos visitantes. Dentro do prédio, recepcionistas miúdas e risonhas encarregam-se de dar as boas-vindas a quem chega. Ao lado do edifício principal fica o centro de inovação da montadora, área em que a circulação de visitantes é, obviamente, restrita. Olhada por dentro, fica claro que nada é mais forte na TOYOTA do que sua cultura. Tudo mais, como a produção enxuta, a logística superafiada, os carros que fazem sucesso com o consumidor, são apenas reflexo do jeito TOYOTA de pensar e agir. Qualquer um dos 320.000 funcionários da montadora sabe exatamente quais os princípios e os valores da empresa. Como seguidores de uma doutrina, eles parecem acreditar em cada palavra que dizem. Da lista de “preceitos” da montadora constam recomendações como “Seja gentil e generoso, lute para criar uma atmosfera calorosa e caseira”. Enquanto em boa parte das empresas o principal motor do crescimento é o reconhecimento do sucesso individual, que se manifesta no pagamento de bônus atrelados ao cumprimento de metas, em programas de opções de ações e na ascensão meteórica na carreira, na TOYOTA o que move os funcionários é a certeza de que é possível fazer mais e melhor a cada dia, o chamado kaizen. Todos os empregados devem ser eternos insatisfeitos, buscando obsessivamente a qualidade, uma lógica que se aplica do operário ao presidente e que privilegia o trabalho em grupo.
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A ascensão da TOYOTA ao topo da indústria deveu-se, em parte, à crise aguda pela qual passam as montadoras americanas. Atoladas em dívidas, GM e Ford chegaram perto da insolvência e hoje tentam desesperadamente reverter a situação. Com a liderança do mercado, a TOYOTA agora passa também a ser mais visada. O principal temor é que os consumidores tenham uma reação ANTI-TOYOTA, sobretudo nos Estados Unidos, onde os problemas das montadoras locais ganham ampla repercussão na mídia e, em alguns estados, servem de combustível a campanhas nacionalistas. Para não ser vista como “a forasteira que devastou Detroit”, a montadora japonesa tem feito uma ampla campanha de relações públicas. Segundo reportagem publicada recentemente pela revista americana Business Week, desde 2002 a empresa investiu mais de US$ 5 milhões por ano em campanhas para reforçar sua imagem perante consumidores, políticos e formadores de opinião. Paralelamente, tem contratado fornecedores americanos e instalado fábricas em estados mais conservadores, como o Texas, de onde saem suas picapes Tundra. O outro desafio é continuar desenvolvendo carros que caiam no gosto dos consumidores. Para alcançar a meta, a montadora alicerça seu processo de inovação em um longo planejamento em seus 11 centro de Pesquisa & Design e num investimento mais que generoso, em 2009 foram 3.8% do faturamento total aplicados em pesquisa e desenvolvimento. -

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Today. Tomorrow. Toyota. (2006)
Get the feeling. (2004)
What moves you? (2003)
For everyday people. (1998)
Live a little. Everyday. (1999)
The car in front is a Toyota. (1999)
People drive us. (1997)
The most reliable car in the world. (1994)
I love what you do for me, Toyota! (1990)
Who could ask for anything more. (1986)
Think it over. (1980)
Oh, what a feeling! (1978)
Ampliando horizontes. (Brasil, 2008) -

Dados corporativos ● Origem: Japão
● Fundação: 28 de agosto de 1937
● Fundador: Kichiro Toyoda ● Sede mundial: Toyota City (Aichi), Japão
● Proprietário da marca: Toyota Motor Corporation
● Capital aberto: Sim ● Chairman Honorário: Shoichiro Toyoda ● Chairman: Fujio Cho
● Presidente: Akio Toyoda ● Faturamento: US$ 203.6 bilhões (2009)
● Lucro: US$ 2.25 bilhões (2009)
● Valor de mercado: US$ 123.7 bilhões (setembro/2010)
● Valor da marca: US$ 26.192 bilhões (2010)
● Fábricas: 51 ● Subsidiárias: 522 ● Produção anual: 7.234.439 (2009)
● Presença global: + 170 países ● Presença no Brasil: Sim (4 fábricas)
● Funcionários: 320.500
● Segmento: Automotivo ● Principais produtos: Automóveis, caminhões e ônibus ● Outras marcas: Lexus, Scion, Daihatsu e Hino (caminhões)
● Slogan: Moving Forward. ● Website: www.toyota.co.jp - O valor Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca TOYOTA está avaliada em US$ 26.192 bilhões, ocupando a posição de número 11 no ranking das marcas mais valiosas do mundo. É a marca de automóvel mais valiosa. Além disso, a TOYOTA é a 5ª maior empresa do mundo de acordo com a Fortune 500 de 2010.
- - - - Você sabia?
● A empresa japonesa é proprietária ainda de 51% da Daihatsu; 16.7% da Fuji Heavy Industries, fabricante dos veículos Subaru; 5.9% da Isuzu Motors.
- - As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, Exame, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). -
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